Dia das mães
UM MODELO DE MÃE PARA HOJE
Sex, 20 de Abril de 2012 15:14 | Escrito por Administrator | PDF | Imprimir | E-mail
Temos na Bíblia, em II Sm. 21. 1 - 14, o relato de um fato aterrador, para nós muito longe da cultura daqueles tempos primitivos em que vigorava o “olho por olho, dente por dente”: No tempo dos reis, sobreveio uma fome de três anos sobre a terra de Israel. Davi consultou ao Senhor, que lhe revelou a causa. Como consequência, sete homens foram enforcados no monte perante o Senhor, pondo fim à calamidade.
Acontece que estes pobres rapazes tinham mães que os amavam e que muito devem ter sofrido em meio a todo este tão doloroso lance. Dois deles eram filhos queridos de Rispa e os outros cinco, de Merabe. Enquanto sobre esta reina o mais completo silêncio, em toda a narrativa é notório o comportamento de Rispa, filha de Aías, pois consta que ela estendeu um manto sobre os cadáveres, não permitindo que as aves do céu nem os animais do campo comessem aqueles corpos até cair a chuva. De dia e de noite velou pelos filhos. Mesmo já estando mortos. Tal gesto calou fundo no coração de Davi que foi forçado a tomar uma providência: Realizou um enterro digno para os supliciados, que foram enterrados com todas as honras, juntamente com Saul e Jônatas.
O que aprendemos ainda hoje com o gesto extremado de mamãe Rispa?
Rispa é um exemplo de vigilância e tenacidade mesmo depois da morte dos filhos. Isto revela o perfil de uma dedicada e amorosa mãe, daquelas que encaram a maternidade não apenas como uma responsabilidade, mas como uma bênção. Que veem nos filhos uma herança do Senhor.
Com tenacidade perseverou até que “Deus se tornou favorável para com a terra”, v. 14. Mães que oram pelos seus rebentos não desanimam diante das dificuldades; não consideram perda de tempo os momentos que gastam com os filhos, ou orando por eles; faça sol ou faça chuva, mesmo nos dias corridos como os de hoje “atendem ao bom andamento da sua casa”. Investem na prole visando o futuro, Pv. 31. 27.
Rispa não permitiu nem que os restos mortais dos filhos fossem vítimas de ataques de aves e outros animais. E olhe que ela velava mortos! Isto fala de responsabilidades e deveres familiares. Os filhos são personalidades em formação. São seres que dependem do amor, do exemplo, da autoridade, orientação e disciplina de pais e mães conscientes da missão que lhes foi delegada pelo Criador, a quem prestarão contas.
Dá pena ver, infelizmente, mães e pais, muita das vezes, acordando muito tarde, tentando regatar os filhos quando já estão ‘mortos’, totalmente dilacerados pelas “feras” e “aves de rapina” da atualidade: as drogas, o sexo precoce, a gravidez irresponsável, a violência, a Aids, a pedofilia, o alcoolismo, a permissividade.
Sabemos que a terra atravessa hoje, terríveis “dias de fome e sede”, v. 1, em que as “aves de rapina” e os “animais ferozes” estão vorazes, à caça de vitimas descuidadas, aos filhos expostos a toda sorte de pecados e armadilhas nas esquinas, nas escolas, nos cybers, até mesmo nos lares por meio da televisão, da Internete, de revistas. Tudo facilitado pela ausência ou pela aplicação de uma disciplina frouxa e leniente no lar.
Queridos pais e mães de hoje, se quereis preparar filhos saudáveis para a vida e para o serviço de Deus, precisais, urgentemente, não apenas de ajuda do Alto, mas também de comprometimento com a missão de “ensinar a criança no caminho em que deve andar”, Pv. 22. 6. Sim, porque não basta dar condições para que nada falte aos filhos em termos de educação de qualidade, alimentação, roupas, lazer, acesso a todo aparato tecnológico possível e imaginável. Urge criá - los na disciplina e no temor do Senhor, Sl. 34. 11. Urge impor limites e responsabilidades. Urge “cobrir” adequada e permanentemente os filhos, criando no lar um ambiente saudável, em que o respeito, o amor, a oração e a fé sejam o verdadeiro alicerce da família.
Do contrário, como Rispa, vereis vossos filhos pagarem pelos vossos erros.
Maria Lúcia Fonseca